Estudo de Artigo: Ensino de História hoje: Errâncias, conquistas e perdas
“Ensino de História hoje: Errâncias, conquistas e perdas"
Os
debates sobre ensino de História, no Brasil, desde os anos de luta contra a
ditadura e de inquietações, contribuíram para novas concepções, pensamentos e
trabalhos no campo do ensino de História no processo de alfabetização nos
primeiros anos de estudos na escola, como disciplina formativa para a
construção de novas possibilidades, novas práticas de ensino e uma relação
novas perspectivas no ensino de História.
O
artigo do professor Marcos Silva e da professora Selva Fonseca publicado na RBH
em 2010, com o titulo “ensino de História hoje: Errâncias, conquistas e perdas
traz o debate historiográfico, analisa tradições, discute mudança,
permanências, conquistas e perdas na História da disciplina de História.
Em
diferentes contextos da história do Brasil, é possível dimensionar a
preocupação do Estado com a com a institucionalização de currículos e programas
de História para a educação básica. Demonstra que o ensino de História é e foi
controverso, habitado por disputas, interesses, consensos e dissensos teóricos
e políticos.
Errâncias, conquistas e perdas"
A
História tem sido objeto de vários estudo em pesquisas e publicações
acadêmicas, como metodologias e práticas de ensino consideradas adequadas,
programas e projetos de formação de professores, livros didáticos... Análises da
produção, na área do ensino e da aprendizagem, evidenciam preocupações
recorrentes com o papel da História como disciplina escolar; os currículos,
critérios/modos de organização e seleção curricular.
A partir
da década de 1990 começa a crescer a pesquisa cientifica sobre o ensino de
História que passou a valorizar mais, a cultura escolar, os saberes e as
práticas educativas, desenvolvidos em diferentes lugares, assim ensinar História
não é apenas repetir, reproduzir conhecimentos produzidos em outros espaços,
existe também uma produção escolar. Refletir criticamente sobre o lugar, o
papel, os objetivos e a importância da História na educação básica mais
especificamente, no ensino fundamental.
A
História ensinada é sempre fruto de uma seleção, um “recorde” temporal
histórico. Conforme define Goodson, o currículo é “sempre parte de uma tradição
seletiva, um perfeito exemplo de invenção da tradição.”
Logo o
currículo de História é, sempre, produto de escolhas, interpretações, visões,
concepções de alguém ou de algum grupo que, em determinados espaços e tempos,
detém o poder de dizer e fazer. Nessa perspectiva, o lugar ocupado pela
História, após 14 anos da LDB e 13 anos dos PCNs expressa na política
educacional, implementada na década de 1990, no contexto político de
globalização da economia, de desenvolvimento de novas tecnologias e de
consolidação da democracia no Brasil e também a ênfase no estudo de História do
Brasil, por meio da tríade: “as matrizes Indígena, Africana e Europeia na
formação do povo brasileiro” e a oficialização da separação das disciplinas
“História e Geografia” nos anos iniciais do ensino fundamental.
Na
primeira década do século XXI as demandas dos grupos sociais, a mobilização de
Mulheres, Negros e Indígenas entre outros grupos, contra o racismo, os
preconceitos, a marginalização e exclusão foram conquistando espaço.
Assim, em
2003 foi sancionado a lei federal, determinando a inclusão obrigatória, no
currículo da rede de ensino, do estudo da “História e cultura Afro-Brasileira e
Africana”, e em 2008 foi acrescida a obrigatoriedade dos estudos referentes
a questão indígena.
O foco
central na alfabetização de três anos leva muitos educadores ainda a acreditar
que, primeiro, é preciso ensinar a ler e a escrever, para depois ensinar e
aprender História. A pergunta de muitos: “é possível ensinar História sem antes
alfabetizar?” Sim, é possível alfabetizar as crianças, ensinando e aprendendo
História.
Aprender
História é ler e compreender o mundo em que vivemos e no qual outros seres
humanos viveram. A análise do livro didático de História mostra uma melhora
significativa nas coleções a cada ano, embora as obras aprovadas pelo MEC de
2008/201, legitima a concepção didática da História chamada “ integrada, pelo
critério temporal, linear, com base na cronologia Histórica, articulada e a
História do Brasil, da América e da África.
As
perspectivas e os desafios do ensino de História no ensino fundamental tem
desafios diários no sentido de convergir o ensino aprendizagem de História em
uma experiência instigante e gratificante para alunos e professores.
A
ampliação do ensino de História além do livro didático com novas fontes,
recursos e temas é fundamental para o professor assegurar uma experiência de
aprendizagem gratificante.
Portanto
os educadores cientes da complexidade do espaço escolar se devem se relacionar
com os alunos valorizando os seus conhecimentos, a formação que trazem da
sua formação e convivência, valores, cultura e uma história, assim ensinar
História é desde o princípio trabalhar as relações de conhecimentos, saberes,
fontes, suportes, recursos, tecnologias, materiais entre o professor e os
alunos no exercícios da cidadania, respeito as diferenças e na formação da
consciência Histórica.
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