Gestão de transportadoras: 6 erros que dificultam os processos
Seja sincero: a interligação dos processos na sua cadeia logística é ineficiente?
Gostaria de fazer do seu centro de distribuição um ágil ponto de controle de fluxos por meio do cross-docking — em vez dos caros e ineficientes entrepostos de armazenamentos de mercadorias —, mas esbarra nas falhas da gestão de transportadoras?
As constantes avarias, acidentes e roubos durante a permanência da carga em aeroportos ou zonas portuárias tiram seu sono?
De fato, considerando que quase 12% das receitas das empresas brasileiras são consumidas pelos custos logísticos e que, em média, 70% desse custo está associado ao frete, fazer uma gestão eficiente de transporte pode ser o liminar entre a estagnação e o crescimento — mesmo durante a crise.
Aliás, inúmeras pesquisas confirmam que a má gestão é a verdadeira causa do colapso financeiro em muitas empresas, e não a crise econômica. Diante de tudo isso, vamos listar neste post os 6 erros imperdoáveis na gestão de transportadoras, e como evitá-los. Confira!
1. Não pensar a longo prazo
No país que ocupa a penúltima posição em desempenho logístico, de um total de 62 países, um erro na gestão de transportadoras pode ser fatal em seu e-commerce ou varejo tradicional.
A empresa que não planeja suas necessidades logísticas para o longo prazo, com estudos de modais de transporte, a realização de cadastro de transportadoras e implantações de sistemas de gestão (como TMS Embarcador), enfrenta dificuldades agudas durante o processo de expansão da empresa.
E quem quer crescer deve estar preparado para isso, o que envolve estruturar os processos logísticos da organização com escalabilidade e automatizações.
2. Não trabalhar com cálculo de fretes eletrônico, baseado em Business Intelligence
Você tem dezenas de transportadoras cadastradas. Como faz as cotações? Manualmente? Vamos além: como você lida com centenas de variáveis que se intercruzam, como nos casos abaixo?
- uma transportadora A tem prazo de entrega de 10 dias úteis e modelo de precificação por peso, cobrando 30% menos do que os concorrentes;
- a transportadora B, por outro lado, tem prazo de entrega de 5 dias úteis, modelo de precificação por cubagem (densidade), mas preço aparentemente superior (por unidade);
- por fim, o concorrente C tem prazo de entrega de 3 dias úteis e cobra por tamanho do produto (e você trabalha com mercadorias diversas).
Você acha mesmo que, a olho nu, será possível cruzar todas essas informações com as especificações da sua mercadoria para, só então, encontrar o melhor custo-benefício na escolha da transportadora?
Pois acreditar nisso é um dos grandes erros na gestão logística. Além do tempo demandado, o resultado certamente não será o melhor para a empresa.
E, no decorrer dos anos, as sucessivas decisões erradas certamente dissiparão as receitas da organização, resultando em um comprometimento financeiro que, em geral, é atribuído indevidamente à crise econômica.
Nesse sentido, o que a retração macroeconômica faz é jogar uma lente de aumento nas fragilidades de gestão. Portanto, tenha a certeza de que inteligência de negócios na cadeia logística é indispensável — especialmente no cálculo de frete.
Um sistema de gestão de fretes oferece várias vantagens. São elas:
- encontrar (por meio de algoritmos) a melhor opção para cada demanda;
- reduzir custos e amplia oferta de frete ao cliente;
- ser parametrizável, se ajustando às necessidades do negócio (filtros por CEP, SKU etc.);
- permitir simulação de cenários, otimizando estratégias de distribuição.
3. Não avaliar se o trabalho das transportadoras está alinhado à demanda da empresa
Segundo o mais recente Boletim Estatístico da Confederação Nacional de Transportes (CNT), o modal rodoviário responde por cerca de 60% de toda a distribuição de carga do país.
Existem, entretanto, quase 500 mil transportadores de cargas em território nacional, entre empresas, autônomos e cooperativas. As opções são, portanto, diversas, mas a maioria das empresas não avalia a eficiência das contratadas — ou a fazem por meio de poucos indicadores.
Índices de discrepância nas entregas, percentual de avarias, cumprimento de prazos, manutenção da integridade das embalagens, gestão de documentos como Conhecimentos de Transporte (CT-e), frota compatível com o volume de carga transportada semanalmente — todas essas variáveis devem ser analisadas por meio de trabalho de Business Intelligence.
4. Não ter um software com módulo de rastreamento de fretes
A maioria das empresas que trabalha com varejo, seja on-line ou tradicional, sofre com os mesmos gargalos na gestão da cadeia logística. Poucas, entretanto, são ágeis o suficiente para implementar mudanças e corrigir falhas antes que comecem a sangrar os demonstrativos de resultados.
Não ter um software para acompanhar a movimentação da carga em tempo real é um desses gargalos — negligência que resulta em avarias, extravios e inconsistências no processo de reconciliação.
E tudo isso poderia ser evitado com um sistema de rastreamento de fretes, que traz à empresa:
- automatização da notificação aos clientes a cada novo status da movimentação da mercadoria;
- possibilidade de acompanhamento das ordens por região, data do despacho e data prevista para a entrega;
- integração a ERPs, sistemas de BI ou à base de dados da transportadora/Correios;
- gestão de indicadores de performance logística (KPIs), o que fornece uma visão global do funcionamento de todo o processo de distribuição da empresa.
Quanto a isso, tomando emprestadas as palavras do estatístico William Deming: “não se gerencia o que não se mede, não se mede o que não se define, não se define o que não se entende, e não há sucesso no que não se controla”.
A propósito, você tem controle pleno sobre todas as etapas da entrega de seus produtos? E será que os seus clientes concordam com sua resposta?
5. Não ter gestão de despachos automatizada
Imprimir etiquetas no Word? Deixar o romaneio de cargas sem emissão automatizada? Abrir Pedidos de Informações aos Correios manualmente, a cada novo atraso?
Uma empresa que trabalha dessa forma está cometendo um erro crasso na gestão logística — que será refletido em seu faturamento. Especialmente às empresas que trabalham no ambiente virtual, tempo é matéria-prima do sucesso.
Portanto, para quem precisa encontrar uma forma de fazer a gestão de transportadoras ser mais ágil e econômica, nada mais recomendável do que um sistema de gestão de fretes que possua módulo de gestão de despachos.
Um módulo como esse automatiza o intercâmbio de informação com transportadoras e Correios na expedição dos pedidos, trazendo muito mais velocidade aos processos. E, muito além disso, o sistema ainda possibilita a emissão automática de etiquetas, PLPs e romaneios de cargas.
6. Repassar o valor gerado pelas dificuldades para o consumidor
Pesquisas revelam que o custo de movimentação de cargas no porto mais moderno do país circula ao redor de US$ 13,00/tonelada, enquanto a média mundial é de US$ 7,00.
Nos demais portos, o tempo de espera, as limitações para a navegação e os entraves burocráticos podem multiplicar esse custo por 10.
E quando o assunto é o modal rodoviário, os problemas são ainda mais variados: seguros, pedágios, risco de roubo de cargas — cujos casos aumentaram em 10% em 2015 —, pagamento de horas-extras aos motoristas — com relação ao tempo de espera e carregamento —, manutenção da frota (se houver frota própria), tempo de deslocamento em grandes distância etc.
Nesses casos, o grande erro é tentar embutir todos esses custos no preço final dos produtos, uma vez que um alto preço de frete, por exemplo, faz com que cada vez menos clientes façam compras nas lojas virtuais (e, ao fazerem, gastem cada vez menos por compra).
E aí, gostou deste artigo? Então, agora que você conheceu os fatores críticos na gestão de transportadoras, aproveite também para ler um pouco mais sobre o que você precisa saber sobre o frete SPOT!
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