Retirar a forca da praça.
Havia uma cidade onde todos eram felizes. Os habitantes conviviam em harmonia e tudo
funcionava bem. As únicas pessoas incomodadas com essa situação eram alguns
líderes da cidade que se sentiam pouco reconhecidos. A prisão vazia, o tribunal
quase não era utilizado e o cartório dava prejuízo, já que a palavra valia mais
que o papel.
Cansado
da situação, o prefeito convidou a população da cidade para assistir à
inauguração de um monumento que havia mandado construir na praça central. Em
meio à solenidade os tapumes foram retirados e, bem ali, na frente de todos,
surgiu uma forca!
As
pessoas então começaram a se perguntar: “Por que aquela forca estaria ali?”.
Com medo, passaram a procurar a justiça para dirimir causas que anteriormente
resolviam de comum acordo.
Começaram
a recorrer ao tabelião para registrar documentos porque a palavra empenhada já
não tinha tanto peso. Em busca de proteção, voltaram a escutar o prefeito. Diz
a lenda que a forca nunca foi utilizada, mas bastou a sua presença para mudar
tudo.
Moral da
história: A tentativa de controle (de pessoas) revela um estilo de liderança
centralizador, que coloca o líder em posição de destaque, mas que geralmente
inclui algumas “forcas” traduzidas em ameaça, medo, punição, submissão,
desconfiança e burocracia.
O controle está muito mais conectado com o
poder da posição, do crachá e da “carteirada”, do que com a conquista de
autoridade e legitimidade.
Por isso, se queremos estabelecer um ambiente
onde exista segurança, respeito, liberdade para aprender com os erros,
responsabilidade coletiva, resiliência e criatividade, precisamos “retirar a
forca da “praça” e trabalhar para aumentar a confiança nos relacionamentos e
diminuir a tentativa de controlar as pessoas.
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