Como está se sentindo agora?

Sempre que o menino conversava com seu pai, reclamava de um colega de escola:
 – Pai, se eu pudesse, eu acabava com esse cara! Ele é muito “mala”! Gostaria muito que ele ficasse doente pra não ir à escola.

Quero que você jogue todo o carvão em direção à camiseta, até o último pedaço. Daqui a pouco eu volto.
Como está se sentindo agora?
– Ah, cansado, mas feliz porque acertei muitos pedaços de carvão na camisa. 
Filho, vem cá. Quero te mostrar uma coisa…


Filho, você percebeu que a camisa quase não sujou, mas olhe só para você. Está imundo! Assim funciona o mal que desejamos às pessoas. Por mais que tentemos prejudicá-las ou atrapalhá-las com nossos pensamentos, palavras, atos e atitudes, a maior sujeira, os resíduos, os respingos e a fuligem ficam sempre em nós mesmos.




O pai que normalmente apenas escutava, certo dia conduziu seu filho ao quintal da casa, pegou o saco de carvão da churrasqueira, e disse-lhe para atirar o máximo de pedras de carvão numa camiseta branca pendurada no varal, imaginando que aquele era o colega de quem ele não gostava, e tanto falava mal:

O menino não pensou duas vezes. Achou a coisa divertida e não parou até esvaziar o saco de carvão. Depois de alguns minutos, o pai, que espiava tudo de longe, aproximou-se do filho e perguntou:

O pai então olha carinhosamente para o menino e diz:
E conduzindo o menino até o quarto, colocou-o frente ao espelho. O menino toma um susto ao perceber que está completamente coberto pela fuligem do carvão! 

O pai, então, olhando com carinho em seus olhos, lhe diz:

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