Os 13 Livros que todo jovem conservador deve ler

Em qualquer livraria do país você pode encontrar centenas de títulos escritos por autores de direita – e as vendas além de estarem altas crescem a cada dia.
Durante os últimos anos, a simpatia pelo Tea Party e o [péssimo] mandato de Barack Obama tem abastecido uma nova e crescente safra de autores conservadores, assim como um renovado interesse no conjunto de obras não ficcionais que moldaram o pensamento conservador na cultura e política americana.
A lista seguinte contém 13 livros que são básicos a qualquer prateleira republicana. Embora a lista não esteja de modo algum completa, é um bom começo para qualquer jovem conservador que queira se iniciar no movimento.
“The Conscience of a Conservative” de Barry Goldwater
A publicação em 1960 do livro de Goldwater frequentemente leva o crédito por reacender o movimento conservador e lançar a candidatura do senador do Arizona, em 1964 na corrida presidencial.
No capítulo de abertura, Goldwater faz uma clara distinção entre esquerda e direita, escrevendo: “A consciência do conservador é perturbada por qualquer um que diminua a dignidade de cada ser humano. Hoje, portanto, ele está em confronto tanto com ditadores que governam pelo terror, quanto com aqueles coletivistas mais gentis que pedem nossa permissão para brincar de Deus com a raça humana.”
Mais de 50 anos após sua publicação, “The Conscience of a Conservative” permaneceu firme e continua a inspirar o pensamento conservador.
“A Democracia na América” de Alexis de Tocqueville.
Em 1831, Alexis de Tocqueville e Gustave de Beaumont embarcaram numa jornada de nove meses através da paisagem americana. Deixando para trás sua terra natal pós-revolucionária, eles viram uma florescente democracia a qual acreditaram que poderia servir de modelo a outras nações (inclusive a deles).
Eles viajaram para 17 dos 24 estados na união, entrevistando colonos, advogados, banqueiros e até dois presidentes e finalmente registraram suas observações em uma das mais perspicazes e influentes análises da sociedade política americana.

“A Revolta de Atlas” de Ayn Rand.
A quarta e última novela da fundadora do objetivismo Ayn Rand, A Revolta de Atlas é considerada sua obra prima e leitura obrigatória para qualquer aspirante a conservador.
O livro descreve uma América distópica na qual a sociedade quebra sob a crescente opressão da intervenção governamental enquanto seus membros mais produtivos desaparecem, liderados pelo herói John Galt. A história dispõe dos princípios básicos da filosofia de Rand, exaltando a razão, o individualismo, o capitalismo e o “egoísmo racional”.
Apesar de ser muito longo e muito, muito sombrio, A Revolta de Atlas goza de popularidade duradoura desde sua publicação em 1957. As vendas do livro subiram desde as pioras econômicas de 2007, e sua frase de abertura, “Quem é John Galt?”, se tornou um slogan comum em faixas do Tea Party e adesivos de carros.
“Os Artigos Federalistas”
O acalorado debate sobre a ratificação da constituição dos Estados Unidos em 1787 está registrado nos 85 ensaios escritos pelos Pais Fundadores Alexander Hamilton, James Madison e John Jay nos Artigos Federalistas.
A coleção histórica é frequentemente usada em pareceres jurídicos para entender a intenção dos legisladores quando questões de ordem constitucional surgem. O ensaio 78, que fala acerca de poderes judiciais, é o mais citado, aparecendo em pelo menos 37 pareceres, de acordo com um estudo feito pela Georgia School of Law.
Do outro lado da moeda, você tem os pontos de vista expressos nos Artigos Anti-Federalistas.
“Witness” por Whittaker Chambers
Publicado em 1952, Witness detalhou a criação e a ascensão do autor a espião comunista da União Soviética. O livro penetrou nas famosas revelações de infiltrados comunistas [atuando] como oficiais governamentais, incluindo Alger Hiss, um membro de alto escalão do Departamento de Estado dos Estados Unidos.
caso de espionagem Hiss-Chambers no fim dos anos 40 teve efeitos de longo alcance no cenário político. Ele elevou o desconhecido congressista Richard Nixon ao holofote nacional e levou à notória caça aos comunistas liderada pelo senador Joseph McCarthy.
Mais ainda, o caso marcou o começo de uma ascensão conservadora que culminaria com a eleição de Ronald Reagan para a presidência em 1980.
“O Caminho para a Servidão” de Friedrich von Hayek
Publicado pela primeira vez em 1944, O Caminho para a Servidão foi escrito pelo economista austríaco Friedrich von Hayek e permanece um dos livros mais influentes na defesa do livre mercado e do pensamento libertário.
Com a experiência da Alemanha nazista viva em sua memória, Hayek argumentou de forma incisiva contra o planejamento central e advogou por mais liberdade individual, lutando contra o aumento do controle governamental que ele viu acontecendo na Europa à época.
Os trabalhos de Von Hayek e de seu colega, o economista austríaco Ludwig von Mises, voltaram em grande estilo com a ascensão do Tea Party e o movimento de Ron Paul pela liberdade. Em 2010, Glenn Beck dedicou um episódio inteiro de seu programa na Fox News a O Caminho para a Servidão, o que fez o título decolar para o primeiro lugar na lista de livros da Amazon.
“Mugged: Racial Demagoguery from the Seventies to Obama” de Ann Coulter
mulher fatal da direita, Coulter construiu um império midiático ao redor de sua defesa assertiva das ideias conservadoras e da implacável condenação da esquerda política.
Os oito best sellers de Coulter são leituras recomendadas para qualquer um que esteja buscando a essência das ideias direitistas. O livro mais recente dela, Mugged, sustenta que esquerdistas injustamente reivindicam créditos apropriados em relação a direitos civis por demonizar republicanos como “racistas”.
Mas Mugged também pode ser substituído for qualquer um dos outros títulos de Coulter, incluindo:
Slander: Liberal Lies About the American Right
Treason: Liberal Treachery from the Cold War to the War on Terrorism
Godless: The Church of Liberalism
If Democrats Had Any Brains, They’d Be Republicans
Guilty: Liberal “Victims” and Their Assault on America
“The Conservative Mind: From Burke to Santayana” de Russel Kirk
Publicado em 1953, The Conservative Mind é a obra definitiva de Russel Kirk, um dos mais respeitados e amplamente lidos escritores sobre políticas conservadoras, e a obra mais importante do movimento conservador no período pós-Segunda Guerra.
O livro mapeia o desenvolvimento do pensamento conservador desde Edmund Burke, filósofo do século XVIII quem Kirk considera como sendo o pai do moderno pensamento conservador. Através de sua dissertação, Kirk argumenta que [na realidade] não há uma ideologia conservadora, e que o conservadorismo é na verdade uma visão de mundo e um modo de vida.
Ele escreveu: “Em essência, o corpo de convicções que chamamos ‘conservadorismo’ é uma afirmação de normalidade no que concerne à sociedade. Existem critérios aos quais podemos reparar; o homem não é perfeito, mas ele pode alcançar um tolerável grau de ordem, justiça e liberdade…”
Hoje, The Conservative Mind é particularmente relevante por causa de sua análise sobre as diferenças entre os conservadores sociais e a ala libertária do movimento.
“As ideias têm consequências” de Richard Weaver
Ideias conservadoras sobre – e obsessão clínica com – o declínio da civilização ocidental podem ser largamente creditadas ao tradado de 1948 de Richard Weaver, As ideias têm consequências.
“Esse é outro livro sobre a dissolução do ocidente,” o livro começa. Weaver continua para argumentar que a ideia de “nominalismo” do século XIV – ou a negação das verdades universais – marcou o início de uma longa deterioração na cultura e moralidade ocidental.
Como Kirk, Weaver teve um grande impacto no pensamento conservador do mundo pós-Segunda Guerra, e a frase “As ideias têm consequências” se tornou um refrão comum no movimento.
“Livre para escolher: Um depoimento pessoal” de Milton e Rose Friedman
Publicado, em 1980, pelo ganhador do prêmio Nobel, Milton Friedman, e sua esposa, Rose, “Livre para Escolher” é uma forte influência para a visão da política econômica de Friedman, servindo-se de exemplos práticos para demonstrar como o livre mercado cria prosperidade.
O livro defende o capitalismo de livre mercado e critica políticas intervencionistas do governo, incluindo impostos sobre gás e fumo, educação pública, a reserva federal, o bem estar social, administração de comida e remédios (FDA) e sindicatos.
O livro é um complemento de uma série homônima de dez partes para a TV.
“Sobre a liberdade” de John Stuart Mill
O trabalho de 1859 do filósofo britânico John Stuart Mill, Sobre a liberdade, destaca a luta entre a liberdade e o avanço do poder governamental. A obra mais importante de Mill discute a relação do indivíduo com a sociedade, suas objeções a intervenções do governo, e dispõe sua concepção de “liberdades básicas” – incluindo liberdade de expressão e a liberdade de ter gostos, (mesmo os ofensivos) contanto que eles não causem danos aos outros.
Mill também oferece dura crítica a uma democracia descarrilada pesando sobre a liberdade individual, escrevendo que “a tirania da maioria” poderia acabar sendo pior do que a tirania do governo.
Trabalhar contra o sentimento e a opinião prevalecentes na sociedade, ele escreve, pode ser muito mais difícil do que combater um déspota.
“God and Man at Yale: The Superstitions of Academic Freedom” por William F. Buckley Jr.
Em 1951, o William Buckley de 25 anos irrompeu na cena política com seu primeiro livro, God and Man at Yale, uma apaixonada investida contra sua alma mater, a universidade de Yale, a qual ele acusou de forçar uma ortodoxia acadêmica liberal em seus estudantes.
Buckley seguiu para virar um renomado líder no moderno movimento conservador, fundando a revista política conservadora National Review. Ele foi, provavelmente, um dos mais influentes intelectuais políticos do fim do século XX, e leva o crédito por combinar o conservadorismo político com o capitalismo de livre mercado e o anti-comunismo – assim moldando a ideologia do GOP como o conhecemos hoje.
Apesar dos trabalhos posteriores de Buckley serem mais polidos, God and Man at Yale continua a ressoar com as novas gerações de jovens republicanos fartos da marginalização das ideias conservadoras na academia.
“Righteous Indignation: Excuse Me While I Save The World!” de Andrew Breitbart
A reverência a Andrew Breitbart beira a adoração heroica dentro do movimento conservador moderno, e seu livro é leitura necessária a qualquer blogueiro direitista em formação.
Lançado um ano antes de sua morte em 2012, Righteous Indignation se foca grandemente em “Weinergate”, o bizarro escândalo que afastou o congressista de Nova York, Anthony Weiner, e que foi primeiro exposto pelo site de Breitbart.
Mais amplamente, o livro serve como um manual didático para provocadores conservadores e expõe a visão de Breitbart de como a direita pode “retomar o controle da narrativa Americana” combatendo o “Complexo midiático Democrata.”
Bônus: “Regras para radicais” de Saul Alinsky
guia definitivo para organização comunitária escrito pelo mentor do Presidente Barack Obama, Saul Alinsky. Porque devemos conhecer nosso inimigo.
[*] Grace Wyler and Paul Szoldra. “The 13 Books That Every Young Conservative Must Read”. Business Insider, 29 de Março de 2013.
Tradução: Yuri Mayal
Revisão: Rodrigo Carmo

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