Entre continuidades e rupturas: uma investigação sobre o ensino e aprendizagem da História na transição do quinto para o sexto ano do Ensino Fundamental
ESTUDO DO ARTIGO.
Cainelli, Marlene Rosa. Entre continuidades e rupturas: uma
investigação sobre o ensino e aprendizagem da História na transição do quinto
para o sexto ano do Ensino Fundamental. Educ. ver., Dez 2011, no.42, p.
127-139. ISSN 0104-4060
É
certo que o ensino, a educação oferecida pelo município na sua maioria não tem
uma sincronia com o ensino, a educação oferecida pelo estado. Isso acontece no
estado do Paraná e aqui em Rondônia, municípios e estado não possuem uma
unidade pedagógica.
A municipalização do Ensino Fundamental I criou uma
efetiva divisão de aprendizagem na vida escolar dos alunos do ensino
fundamental de 1º ao 9º ano, visto que sofrem um rito de passagem que vai além
de trocar a sala de aula com apenas um professor para uma sala de aula agora
com vários professores, mas também a mudança na pedagogia de ensino-aprendizagem
e até eventual desconfiança do seu nível de conhecimento.
A proposição de politicas assertivas para a unificação do
ensino aprendizagem municipal e estadual deveria ser uma das pautas das
politicas públicas para a educação, a coesão do ensino permitiria um principio
de continuísmo que geraria menos impacto nos alunos na transição do Ensino
Fundamental I para o Ensino Fundamental II, melhorando o desempenho e
corrigindo distorções, repetições e desistências.
É
preciso considerar o aluno não como educação municipal ou estadual, mas como
estudante do ensino escolar público do Ensino Fundamental, criando as suas
bases, seus alicerces de conhecimento. O recomeço escolar criado pela divisão
município/estado gera efetivamente uma perspectiva de novo, de começar do zero,
com todas as inseguranças, ansiedades, expectativas, transformações e desafios
que o novo, a mudança traz. Esses sentimentos não atingem a escola ou os
professores, mas somente os alunos que vivem essa transição; e essa passagem é
vista como um momento de dificuldades, pois a mudança do espaço físico e do
ritmo de estudo pode gerar mudanças no comportamento. O professor passivo a
essas mudanças pode ser ativo em proporcionar ao aluno nesse momento tão
delicado de transição, fazendo uma abordagem, um dialogo entre as aprendizagens
do passado a as novas aprendizagens.
Observa-se
também que no Ensino Fundamental I os professores com formação em letras e
pedagogia tem suas naturais limitações cientificas no ensino das outras
disciplinas alheias a sua formação e o aluno ao deparar no Ensino Fundamental
II com professores com formação específica em cada disciplina sente a
diferença. É importante o professor
evitar a confrontação entre os saberes, como exemplo a disciplina de História,
visto que no Ensino Fundamental I, o aluno não teve contato com a História
ciência. No entanto deve-se observar o já aprendido e dar continuidade no
ensino, observar as experiências do aluno que embora não tendo professor
especialista em História tem um passado de conhecimento adquirido continuamente
e acumulado.
Analisemos a questão da pesquisa de campo feita com um
professor de História. O livro didático é um auxiliar do professor no processo
ensino aprendizagem, transformá-lo em norteador no processo de ensino de
História em sala de aula é algo que suscita reflexão. A abordagem leva a
compreender que o processo de formação do professor de História deve evidenciar
a importância do desenvolvimento do pensamento Histórico e na formação
continuada, essa ênfase deve ser reafirmada.
O livro Didático deve ser um auxiliar no processo de ensinar e não a
base rígida e sequenciada, fragmentada e selecionada do conhecimento. A abordagem alternativa, o pensamento
subjetivo deve e precisa ser valorizado, não podemos separar aprendizagem e seu
objeto.
Dessa forma o professor ao lecionar apenas com o livro
didático e considerando certo apenas as abordagens a partir do livro, embora
didático, reduz a aprendizagem que pode ser alcançada e desenvolvida no ensino
de História, na forma crítica e entrelaçada dos conteúdos, acontecimentos e
fatos históricos, que orientam também os problemas da vida prática e o
desenvolvimento do pensamento Histórico.
Autor.
Gilvandro Oliveira
Licenciado em História.
Professor, pesquisador e consultor.
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