Balaiada: construção da memória histórica.
Balaiada: construção da memória
histórica.
Maria de Lourdes Monaco JANOTTI1
RESUMO: Durante o século XIX, historiadores procuraram
explicar o nascimento do Estado nacional brasileiro, atribuindo
às instituições do novo país independente um caráter
constitucional, renovador e civilizado. Nessa medida, os
movimentos contestatórios, entre eles a Balaiada, foram
julgados como anomalias, manifestações da barbárie contra a
civilização, representada pela ordem monárquica. Entretanto,
fontes memorialísticas veicularam versões diferentes da revolta
balaia, ricas em detalhes e nuances, permitindo apreender
variações comportamentais de segmentos sociais emergentes na
crise final do período colonial. Entrando pelo século XX
historiadores compreenderam que a Balaiada representou a
ascensão de brasileiros ao poder provincial e nacional, a
consolidação do poder do coronelismo e o pacto de dominação
entre os partidos da elite maranhense, acentuando mais ainda a
marginalização social dos destituídos, principalmente dos
negros.
PALAVRAS-CHAVE: Balaiada; partidos maranhenses; revoltas
da Regência.
Concebendo a história como vida, a memória oral ou
escrita como representação testemunhal do vivido e a
historiografia como narrativa interpretativa baseada em métodos
e técnicas, percebe-se a existência de uma relação dialética entre
esses conceitos. História, memória e historiografia interagem
entre si de forma constante e dinâmica, não significando,
entretanto, que em essência sejam da mesma natureza.
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