Texto de análise PPP da escola.

A escola fundada em 1980 tem turmas nos períodos matutino e vespertino do 1º ao 9º ano do ensino fundamental com aproximadamente 900 alunos atendidos nos dois períodos. Sua clientela é formada por alunos da classe média e média baixa. Não tem EJA e não funciona no período noturno. Possui sala de informática, sala de robótica, biblioteca ampla, sala de apoio, quadra de esportes, refeitório amplo e demais salas: dos professores, da coordenação, gestores, apoio e administrativo. De acordo com o gestor da escola para a elaboração do PPP são feitas reuniões com toda a comunidade escolar, pais, funcionários, conselho escolar, pessoal técnico administrativo, pessoal de apoio. Nestas reuniões são abordados os problemas e dadas às sugestões de ações para a melhoria do processo de ensino aprendizagem. Ainda é realizada pesquisa socioeconômica e cultural da clientela estudantil, para que a partir do conhecimento do perfil da clientela sejam elaboradas as ações a serem desenvolvidas. A escola busca propiciar a melhoria qualificativa da educação, promove uma reflexão a fim de redimensionar a prática pedagógica da instituição e a programação das ações. Participam da elaboração do PPP o corpo docente, pessoal técnico administrativo, pessoal de apoio, pais, conselho escolar e gestores. O gestor participa de forma direta, pois além de diretor da instituição é membro nato (presidente) do conselho escolar. É ele quem preside todas as reuniões, e faz a exposição da situação da escola acerca das dimensões: administrativa, pedagógica, jurídica e financeira e a partir dos assuntos compartilhados estes são discutidos e as sugestões evidenciadas.
De acordo com o PPP da escola, a concepção adotada pela escola é a tendência Crítico-Social dos conteúdos, aplica à metodologia de Pedagogia de Projetos na qual o homem é considerado um ser situado num mundo material, concreto, social, econômico e ideologicamente determinado, cabendo-lhe transformar a natureza humana, vai-se constituindo histórica e socialmente, não existindo, portanto, uma personalidade humana genérica padronizada universal. No contexto das propostas dos Parâmetros Curriculares Nacionais, se concebe a educação escolar como uma prática que tem a possibilidade de criar condições para que todos os alunos desenvolvam suas capacidades e aprendam os conteúdos necessários para construir instrumentos de compreensão da realidade e da participação em relações sociais, políticas, culturais diversificadas e cada vez mais amplas, condições estas fundamentais para o exercício da cidadania na construção de uma sociedade democrática.
A grade curricular fundamenta-se em leis, resoluções e pareceres que são modificados sempre que se fizerem necessários, organizado por disciplina, atualmente estão divididas das seguintes formas: do 1º ao 4º ano, Língua Portuguesa, Matemática, História, Geografia, Ciências, Educação Religiosa, Educação física, Arte. No 5º ano, Língua Portuguesa, Matemática, História, Geografia, Ciências, Educação Religiosa, Educação física, Arte, Língua inglesa, Filosofia. No ensino fundamental de 6º ao 9º ano – Regular Língua Portuguesa, Matemática, História, Geografia, Ciências, Educação física, Arte, Língua inglesa, Filosofia.
Os projetos escolares são elaborados conforme as necessidades apresentadas pela instituição escolar e/ou sugeridos pela Secretária de educação. O objetivo geral dos projetos é organizar em forma de proposta o processo de ensino-aprendizagem, numa dimensão libertadora que permita enriquecer o currículo escolar e democratizar o conhecimento de forma significativa. Projetos desenvolvidos: Paz na escola, dia das Mães, festa junina, horta comunitária, semana do Índio, semana do meio ambiente, dia dos Pais, dia do estudante, dias das crianças, consciência negra, família na escola, sonhar e cantar, dia da família na escola, motivação, seja inteligente, diga não as drogas e a violência! Cidadania (Bullying, contra abuso infantil, higiene dental na escola, voto consciente, paz no trânsito, Brasil mostra a sua cara) dança e música, leitura, gincana do saber, interclasse e natal. Os projetos acima citados apresentam o mesmo objetivo, perceber a importância da vinculação do trabalho pedagógico com as experiências externas à escola, organizando-a no sentido de promover o desenvolvimento de ações contextualizadas, adequando-as em termos de objetivos aos diferentes segmentos da comunidade e suas demandas, garantindo o envolvimento e integração com o ambiente escolar, vivenciando uma socialização ativa e democrática em diferentes práticas sociais, sem discriminação de espécie alguma. O projeto de educação continuada tem por objetivo preparar o professor para que o mesmo possa melhorar qualificativamente o processo de ensino aprendizagem, com palestras, cursos específicos e materiais de apoio. O educador deve reger as diferenças socializando os saberes individuais na construção do conhecimento. Conforme o gestor, os professores participam do processo de elaboração do PPP, estes expõem suas opiniões, fazem análise das situações abordadas e ressaltam suas sugestões. A participação do professor é de suma importância para a elaboração do PPP, visto que é este documento que norteará todo o trabalho do docente. Participando de forma ativa no processo de construção o professor se torna muito mais participativo no desenvolvimento das ações propostas e sempre que um novo professor vem fazer parte da equipe de docentes, é entregue ao mesmo o PPP para leitura, conhecimento e caso dúvidas surjam à equipe gestora coloca-se a disposição para esclarecimentos. A concepção epistemológica da escola, a LDB reforça a necessidade de propiciar a todos, formação básica comum o que pressupõe a formulação de um conjunto de diretrizes capaz de nortear os currículos e seus conteúdos mínimos. A escola valoriza as normas sociais estabelecidas no cotidiano, os princípios de uma boa convivência e o respeito às diferenças. A missão de formar cidadãos críticos e conscientes, oferecendo-lhes serviços educacionais de boa qualidade, garantindo o acesso e a permanência dos alunos na escola, logo a Filosofia da escola considera o aluno como um ser único, portador de uma história e de vida própria, de saberes e competências acumuladas ao longo da escolaridade e suas vivências. Assim o perfil do educando que se pretende formar é o que compreende o seu desenvolvimento pleno, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Dessa forma esta instituição fundamenta-se no eixo epistemológico para reconstruir os procedimentos educativos e assegurar a eficácia do processo de ensino-aprendizagem, visando uma sociedade mais justa e solidária. O plano estratégico da escola visa analisar os dados coletados, pontos positivos, pontos a serem melhorados e necessidades, discutir estratégias de investigação da realidade escolar e desenvolver estudos e projetos de gestão escolar e dos sistemas educacionais, executar as ações e projetos elaborados no PDE, visando à organização dos eventos conforme calendário escolar, fazer palestras para toda a comunidade escolar, principalmente para a família do aluno (o papel da família na aprendizagem do aluno, abaixo a dengue, alimentação saudável, drogas e violência...)
Os professores do 6º ao 9º ano cumprem uma jornada de 40 horas semanais, sendo que 13 horas são de trabalhos extraclasses que serão desenvolvidos das seguintes formas: Reunião coletiva e individual na semana com a supervisora da escola. O encontro tem duração de duas horas. Os professores relatam suas dificuldades e debatem situações-problema reais ocorridas em sala de aula. “O fundamental para esse encontro é a pauta.” Duas horas semanais, os professores se dedicam a um trabalho individual, fora da classe, mas dentro da escola. É um tempo para a formação pessoal, quando faz as leituras indicadas pela supervisora pedagógica e estuda os conteúdos específicos para o ano em que leciona. Os professores do CBA ao 5º ano com carga horária de 40 horas semanais tem sua carga distribuída em 20 horas em atividade de docência, e 20 horas para formação continuada e/ou atividades independentes, e reunião com supervisora da escola conforme os professores do 6º ao 9º ano. Os professores do ensino especial cumprem uma jornada de 40 horas semanais, sendo as reuniões semanais para: Estudo de fascículos troca de experiências, estratégias de ensino, capacitação e estudo da legislação vigente. A metodologia de ensino da sala de AEE é atender alunos com necessidades especiais, por meio de projetos (uso de jogos pedagógicos, trabalhos manuais, teatro, musica, dança..) laboratório de informática, trabalhos manuais e /ou expressão corporal de forma específica.
O sistema de avaliação e recuperação ocorre de forma diagnóstica, sistemática, processual, continua e cumulativa, com finalidade formativa e somativa a cada bimestre, cumprindo a portaria 0446/13/GAB/SEDUC e portaria 0603/GAB/SEDUC constando a legenda: AC: Atividade em classe – 3,0 pontos; AEC: Atividades extraclasses – 2,0 pontos; AE: Avaliação escrita – 5,0 pontos. Os instrumentais de avaliação são definidos e elaborados pela escola. Os instrumentais de avaliação dos estudantes do ciclo básico de aprendizagem, que compreende o período do 1º ao 3º ano do ensino fundamental regular, são definidos em portaria específica. Aos estudantes indígenas é assegurada a avaliação oral em substituição total ou parcial da avaliação escrita. Aos estudantes da educação especial é assegurada a avaliação diferenciada de acordo com a regulamentação específica. O aproveitamento bimestral é expresso por meio de notas numa escala de 0,0 a 10,0. A nota do aluno para efeito de aprovação é 6,0 calculada até uma casa decimal, utilizando-se de média aritmética das notas obtidas nos 04 bimestres, além de analisar a frequência mínima exigida de 75% do total horas letivas de estudos ou disciplinas cursada. Aos estudantes com dificuldades de aprendizagem e/ou baixo rendimento escolar é garantido obrigatoriamente estudos de recuperação paralela ao período letivo e recuperação bimestral. No CBA - Ciclo Básico de Alfabetização a avaliação será continua, paralela para os alunos do 2º e 3º anos por meio de atividades e relatórios durante o bimestre, com planejamento conforme as dificuldades apresentadas pelo aluno. Para os alunos do 1º ano, além de a avaliação ser continua e paralela é oferecido também à avaliação bimestral, sendo que os critérios de distribuição de escala de notas é a mesma legenda adotada para os alunos do 6º ao 9º na portaria 446/13-GAB/SEDUC.
O colégio tem um PPP consistente com a sua realidade, dentro do contexto onde esta inserido e a clientela/alunos que atende. Formado por profissionais apaixonados e comprometidos com a educação o colégio coloca em prática boa parte que se propõem em seu PPP. A avaliação permanente ao longo do processo de implementação das ações vem acontecendo, permitindo corrigir e atualizar o seu fluxo. Há dificuldades, infelizmente na prática faltam recursos, falta uma politica pública mais assertiva com os profissionais da educação para evitar greves para garantir aumento minimamente digno no salário, o número de docentes é reduzido, o índice de professores com problemas físicos e emocionais é alto. Entretanto a equipe gestora e os colegiados da escola são democráticos, participativos e ativos, o colégio faz diferença e acrescenta na comunidade onde esta inserida e é sem dúvida um dos principais agentes de transformação da sua comunidade, seus eventos e a dedicação da comunidade escolar ajudam de forma fundamental para o colégio cumprir sua missão de formar cidadãos críticos e conscientes, oferecendo-lhes serviços educacionais de boa qualidade, garantindo o acesso e a permanência dos alunos na escola.
Portanto há consistência entre o PPP e a realidade do colégio. O PPP é sempre atualizado e adequado ao contexto do colégio e dentro da realidade e das limitações impostas são colocadas em prática às ações que atende as demandas escolares em um processo continuo de melhora, aperfeiçoamento e adaptação.


Autor. G.O.S.
O SUPER DNA. 





REFERÊNCIAS


Vagula, Edilaine.  Didática.  São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.

GADOTTI, Moacir; ROMÃO. E. José. Autonomia da Escola: Princípios e Propostas. 4 ed. – São Paulo: Cortez, 2001.

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