A Idade Média e o dinheiro.
Se o homem moderno não consegue viver sem dinheiro, o homem medieval mal conhecia seu significado. Jacques Le Goff, um dos maiores medievalistas vivos, procura compreender qual o tipo de moeda (ou moedas) que era utilizado no cotidiano e como elas eram apreendidas no campo das ideias entre os séculos IV e XVI. Além disso, a obra do francês demonstra como, numa sociedade dominada pelo cristianismo, a Igreja doutrinou a atitude que um cristão deveria ter perante o dinheiro, tendo em vista as obras de teólogos e as várias passagens bíblicas que o condenam. O autor dedica apenas os dois primeiros capítulos à alta Idade Média (IV-XII), pois, para ele, a moeda começa a se desenvolver apenas nos séculos XII e XIII, quando as cidades crescem com o comércio. Há uma crítica aos pensadores que veem um capitalismo incipiente no medievo e àqueles que enxergam a monetarização nas ordens mendicantes. Para Le Goff, durante a maior parte do período estudado, a distinção social se deu entre “poderosos e fracos” e não entre “ricos e pobres”. Jacques Le Goff 270 páginas, R$ 35 Civilização Brasileira www.record.com.br
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