Secretaria de Cultura de Campinas se transforma em ‘extensão da Igreja Assembleia de Deus’


Publicado originalmente no Blog da Rose
A aliança do prefeito Pedro Serafim (PDT), candidato à Prefeitura de Campinas, com o deputado federal, pastor Paulo Freire (PR), para as eleições municipais se converteu em um fisiologismo eclesiástico materializado na Secretaria de Cultura.
Pelo menos cinco pessoas ligadas ao pastor trabalham na Pasta. Uma outra integrante da igreja trabalha como assessora na Secretaria de Assistência Social.
Parte da lista é membro da Igreja Assembleia de Deus, da qual Paulo Freire (foto) é pastor. Outros são filhos de pastores da mesma denominação. Os salários têm valores entre R$ 13 mil a R$ 8 mil/mensais. Os cargos vão desde diretor de Departamento da Cultura, passa pela coordenação e vai até assessoria. Um deles já foi assessor do pastor Paulo Freire. Um outro trabalhou com o vereador professor Alberto (DEM) – este já foi exonerado. Uma assessora é filha do motorista e outra é filha da secretária do pastor.
O PR decidiu apoiar o pedetista na última hora do registro das candidaturas. Tanto que nos bastidores a informação era a de que o partido iria se coligar com Jonas Donizette (PSB). O acordo com o peessebista chegou a ser anunciado pelo também deputado federal. Após a mudança, Jonas chegou a perder tempo de televisão no horário eleitoral.
O vereador Professor Alberto (DEM), membro da Igreja, disse que não é responsável por nenhuma indicação. “O Willian chegou a trabalhar no meu gabinete, mas pediu a conta porque iria se casar e queria ganhar mais. Não são indicações minhas”, ressaltou. O parlamentar negou ainda que tem feito campanha para Serafim, como tem sido acusado. O seu partido está coligado com Jonas. “Eu recebo o Pedro em minha Igreja, assim como receberia o Jonas ou o Marcio (Pochmann), caso eles venham nos visitar. Além disso, iria orar por eles. Não gostaria de ser julgado pela minha religião”, disse.
O secretário de Comunicação da Prefeitura de Campinas, Wilson José, disse que os secretários têm liberdade de escolher a sua equipe para trabalhar. Ele negou que o prefeito tenha negociado os cargos em troca de apoio político e negou aparelhamento político na secretaria. “Não há nenhuma nomeação que tenha essa conotação de troca de apoio. Tanto que a nova secretária (Renata Sunega) já demitiu duas pessoas que foram nomeadas pelo secretário anterior.”
O deputado federal foi procurado em seu gabinete e por celular e não foi encontrado.
dica do Alexandre Melo Franco Bahia

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