Quer alavancar a sua carreira?
Então saia da zona de
conforto!
Na maioria dos casos, ser bem sucedido é fazer mais e melhor, de forma consistente, e por um longo período.
Se perguntassem hoje
como é seu desempenho na empresa em que trabalha, qual seria a resposta? Você
faz a diferença ou prefere apenas fazer o mínimo exigido? Seus resultados estão
frequentemente acima da média, ou somente "dão para o gasto"? Na hora de
decidir, tem coragem para ousar, ou prefere apostar no de sempre e fazer o
possível? Você se contrataria para um cargo acima do atual?
O ganhador do prêmio
Nobel de Economia de 2002, Daniel Kahnneman, desenvolveu sua tese, baseado em 30
anos de estudos, sobre a irracionalidade nas decisões de consumo e investimento.
Nomeada como "Prospect Theory", a pesquisa revelou que as falhas e as distorções
em nossos processos decisórios são regra, e não exceção como se pensa, e mostrou
também que a maioria dos indivíduos costuma ficar satisfeita com avaliações
superficiais.
Uma das distorções
mais evidentes nessas avaliações é o exagero ao se tratar do próprio talento. Na
média, as pessoas crêem serem mais honestas, capazes, inteligentes e justas do
que as outras. Dão a elas mesmas maior responsabilidade por seus sucessos e
menor por seus fracassos. As ilusões as levam a verem o mundo não como é, mas
como gostariam que fosse, reforçando a tendência de se acomodarem cada vez
mais.
A explicação
analisada por Kahneman é que isso acontece porque temos dois sistemas de
pensamento:
· Sistema 1: quando estamos nesse modo
de ação, as decisões que fazemos são rápidas, sem esforço, e potencializadas por
emoções. São determinadas pelo hábito. Ao fazermos escolhas baseadas nesse
sistema tomamos decisões precipitadas e muitas vezes
ruins.
· Sistema 2:
aqui os pensamentos
são baseados no raciocínio. É consciente, deliberado, analítico, lógico,
racional. É mais lento, exige esforço, mas pode ser controlado. Este sistema dá
mais trabalho, mas é muito mais seguro, principalmente em situações de
risco.
Ao ficarmos no
sistema 1, preferimos nos enganar e optamos por manter um trabalho igual ao dos
outros que, consequentemente, gera resultados parecidos. Acreditamos em nossas
mentes, no quão competentes elas nos fazem crer que somos, e não assumimos
nossas responsabilidades naquilo que está dando errado. Sair da zona de
conforto, onde os resultados são previsíveis, requer planejamento, dedicação e
esforços mais intensos do que a média das empresas e das pessoas faz. Resumindo:
mais tempo, coragem, honestidade consigo mesmo e muito mais
trabalho.
Lembre-se: na maioria
dos casos, ser bem sucedido é fazer mais e melhor, de forma consistente, e por
um longo período. Tudo tem seu preço, e o do sucesso é bastante alto.Como diz o
ditado popular, "a vida costuma ser dura para quem é mole!". Ou seja, saia da
zona de conforto, use mais seu sistema
2, e tenha uma boa (que será também longa) viagem em direção ao
sucesso!
Eduardo Ferraz -
consultor em Gestão de Pessoas e especialista em treinamentos e consultoria In
Company, com aplicações práticas de Neurociência.
0 Comentários:
Postar um comentário