Mexa-se

O mundo empresarial mudou. A disputa é cada vez mais acirrada. De negócio para negócio, de empresa para empresa. É uma competição extremamente ingrata e excludente, pois nela só sobrevivem os competentes. E na mesma toada, tudo isto se transfere também para o mundo dos profissionais. As empresas são “feitas” por pessoas. Pessoas que necessitam provar a competência dia-a-dia, a cada minuto. Só assim, permanecerão e conseguirão “um lugar ao sol”. Os critérios de recrutamento e seleção são mais exigentes. As avaliações de performance são mais incisivas. Os patrões são menos paternalistas. Enfim, só os profissionais sobrevivem. Os amadores não conseguem mais vencer. As mudanças das últimas décadas – a evolução tecnológica e científica, da gestão empresarial e do processo de globalização – impuseram a transformação do mercado de trabalho e a revolução da empregabilidade.
Vivemos assim, a terceira grande transformação na economia e na sociedade: a primeira foi a mudança de uma economia extrativa para uma economia agrícola, cujo recurso principal era a terra; a segunda foi a mudança para uma economia industrial com base no capital fixo; agora ocorre a mudança para uma economia do conhecimento com base no capital humano. Esta, ou a terceira revolução industrial, como vem sendo chamada pelos estudiosos, trouxe as novas tecnologias de informática e de comunicações, que causaram enorme impacto no mercado de trabalho, modificando o próprio conceito de emprego – face às alterações na intensidade, na forma e nas relações de trabalho.
Nessa nova era, prevalecerá o conhecimento, a formação educacional e a capacidade de adaptação das pessoas. A terceira revolução industrial é a entrada na economia do conhecimento. A força desta última transformação é o aumento da produtividade e o incentivo maior para a inovação tecnológica e o lucro.
Nesse verdadeiro “fogo cruzado”, se encontrarão os profissionais que se não buscarem a sua própria evolução, ficarão à margem do processo, ou seja, fora do mercado e amargarão desemprego. É hora, portanto de buscar a auto-capacitação, de investir no seu crescimento, de agregar valor. É preciso cuidar da sua empregabilidade. É fundamental estar preparado para acompanhar as tendências e exigências do mercado. Ninguém melhor para acompanhar o mercado do que o comprador, que precisa ter e ser um termômetro do que está acontecendo no seu “mètier”.
É necessário conhecer os seus concorrentes diretos e indiretos. Ter amplo conhecimento quanto aos produtos dos concorrentes, suas especificações técnicas, sua aplicabilidade, que benefícios oferecem, que matérias-primas estão usando, quais os insumos, se estão desenvolvendo algum outro produto.
Para comprar, também é preciso saber das “coisas novas”. Saber como andam as novidades tecnológicas. Ser um “pesquisador”, ou seja, estar sempre à procura de uma nova solução ou alternativa. Usar o computador como uma fonte de pesquisa. Ser um internauta. Conhecer o mercado externo. Estar “por dentro” de técnicas de gestão dos estoques – curva ABC, “Just in time”, KANBAM, dentre outras. Desenvolver as suas habilidades, para tornar-se um “perfeito negociador”. Praticar o “benchmarking”.
É necessário que se conheça os grandes, as referências, aqueles que se destacam na atividade. É preciso aprender com eles. É preciso “copiar” o que fazem de bom. Lembrem-se: “nesta vida nada se cria: tudo se copia”. Siga os bons exemplos. E seja um também.
Visitar as feiras, as exposições. Participar dos eventos relativos ao setor em que atua. Manter-se atualizado através de leituras das revistas especializadas, tudo que diz respeito ao segmento em que atua, nada pode “escapar”. Interagir com os seus fornecedores, seus clientes, a equipe de vendas, pois são profissionais que conhecem profundamente o mercado e podem prestar valiosas informações. Estar preparado para acompanhar e interpretar as informações diárias ao seu redor e se dispor a manter-se atualizado e em permanente processo de aprendizado e evolução, sem os quais não é possível sobreviver e muito menos, alcançar o sucesso. Sucesso é igual a “SER COMPETENTE”.
É preciso estar atento para as mudanças e tendências do mercado, ter boas noções sobre a legislação aplicada ao negócio, saber quais os produtos e serviços ofertados pela concorrência, gostos e hábitos dos consumidores e dos clientes, aprender quanto à qualidade das matérias-primas e dos produtos, estratégias de marketing e de “merchandising” etc. Conhecer o mercado significa também saber sobre o alcance do seu produto, concentração e/ou segmentação do público consumidor, mudanças ou tendências na demanda. É um verdadeiro desafio. Não para por aí. As exigências continuam.
Estar atento às inovações – novos produtos, novos mercados, novos materiais, novos processos.
Quanta coisa nova para conhecer. E mais, é preciso estar disposto a freqüentar cursos, palestras, seminários, treinamentos. E por iniciativa própria. Não basta ficar esperando que a empresa “escolha você e pague”. Você é o principal responsável pela sua capacitação, não transfira a responsabilidade para outros. Assuma os seus próprios passos. Ande com suas próprias pernas. Caminhe para o futuro, para a competência, para o sucesso. Ser competente exige: ter conhecimento (SABER); ter habilidades (SABER FAZER) e ter atitudes (FAZER). Ser competente exige – CAPACITAÇÃO.
MEXA-SE!

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