Liderança, liderança, liderança. Afinal, o que é isso?


Liderança, liderança, liderança. Afinal, o que é isso?



Os resultados do Benchmarking em Gerenciamento de Projetos Brasil –, organizado pelos 13 chapters existentes no País do Project Management Institute (PMI) e realizado com 300 organizações das áreas pública e privada, apontou que a habilidade mais valorizada em um gerente de projetos é a liderança, que foi mencionada por 50% das organizações participantes da pesquisa.

Muito se tem falado de liderança, mas, afinal, o que ela é? É algo genético? É alguma coisa que pode ser aprendida e desenvolvida? De forma sucinta e contundente, a professora Sylvia Constant Vergara define liderança como sendo “a capacidade de exercer influência sobre indivíduos e grupos”. Há várias teorias que discutem o tema. A própria professora, em seu dialogado livro Gestão de pessoas, apresenta as três mais tradicionais sobre liderança: a Teoria dos Traços, a Teoria dos Estilos e a Teoria Contingencial.

A Teoria dos Traços, também chamada de Teoria das Características, baseia-se na ideia de que a liderança é decorrente de traços físicos, intelectuais e/ou sociais. Observando alguns líderes (Bill Gates, Lula, Gandhi, Obama, Hitler e Maradona, por exemplo), pode-se refutar imediatamente essa teoria considerando a diferença existente entre as pessoas.

A segunda é a Teoria dos Estilos, que tem como alicerce os tradicionais modelos: autocrático (autoritário), democrático (que ouve seus liderados) e laissez-faire, que é o “deixa rolar”. Em geral, imagina-se que o democrático é invariavelmente o melhor estilo, porém esse líder nem sempre tem tempo suficiente para ouvir seus liderados e tomar a decisão, lembrando que uma decisão é do líder, e não resultado de votação ou consenso obtido com o grupo.

Finalmente, a terceira é a Teoria Contingencial ou Teoria Situacional. Ela diz que a liderança depende de três fatores: do líder, dos liderados e do tipo de tarefa, por isso é chamada de situacional, visto que depende da situação. Há ainda outras teorias, como a Teoria das Competências (conhecimentos e habilidades), a Teoria dos Resultados e a Teoria da Marca.

Os autores norte-americanos Dave Ulrich, Norm Smallwood e Kate Sweetman, especialistas na área de liderança, no livro O código da liderança apresentam resultados de seus estudos, experiências e pesquisas de campo que realizaram para identificar a “fonte” da liderança, daí o título do livro, no sentido de decifrar a essência dela.

Os autores criaram, então, cinco regras de liderança:

  1. Visionário (preparar o futuro).
  2. Executor (fazer acontecer).
  3. Gestor de talentos (engajar o profissional talentoso).
  4. Fomentador de capital humano (formar a próxima geração).
  5. Investidor (investir em si mesmo: autoconhecimento, saúde, energia, etc.).

As regras 2 e 3 são de curto prazo, as 1 e 4 são de longo prazo, enquanto a regra 5 é contínua.

Ulrich, Smallwood e Sweetman afirmam que todos os líderes têm pontos fortes e fragilidades em cada uma dessas cinco áreas, por isso ratificam que o autoconhecimento possibilita à pessoa se desenvolver e crescer nas dimensões mais carentes. Os checklists apresentados no livro possibilitam que o leitor avalie rapidamente sua condição nas áreas mencionadas.

Ainda segundo os três autores, o somatório dessas cinco áreas representa cerca de 70% do código (essência) da liderança. E os outros 30%? De onde vêm? Aí, são as particularidades da pessoa, que podem englobar traços físicos, intelectuais ou sociais, força de vontade, capacidade de comunicação, ambição, carisma, estilo, simpatia, determinação, etc.

A mensagem dos autores é clara, todos nós podemos desenvolver nosso potencial de liderança!

Gilvandro. É Especialista em estratégia de vendas

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